terça-feira, 19 de março de 2024

E 2022 chegou ao fim. Bem-vindo 2023!

Estamos em mais um final de ano e tanta, mas tanta coisa boa aconteceu comigo este ano que fica difícil começar a enumerá-las. Vou tentar enumerá-las cronologicamente. 

Primeiramente iniciei o ano com um astral pessoal muito bom. Com os cursos que fiz desde 2016, voltei a sonhar. Desde 2015 me sentia sem perspectivas, afinal uma mudança profissional aos 54 anos de idade, num país que não valoriza pessoas mais velhas para ocupar alguns cargos é bastante difícil. Enviei currículos para diversas empresas, mas pouquíssimas entrevistas surgiram. Então, mais uma vez foi precisa virar a chave interna e mudar. 

E, nessa virada de chave, fui chamada para dar aulas na Unip Jundiaí. Um chá de ânimo, uma energia impressionante voltou a estar presente em mim e uma coisa puxou a outra. Mas, mesmo assim, eu estava sem sonhos. Na verdade, eu já tinha tudo pelo qual lutei: um apartamento quitado na região da Av. Paulista, outro na Riviera de São Lourenço, um carro grande, confortável e seguro, uma reserva financeira em banco e estava morando, pela primeira vez, em uma casa com piscina em meio à natureza. Meus filhos encaminhados, um marido maravilhoso, minhas meninas de quatro patas perto de mim... e entre elas uma Golden Retriever, que era meu sonho... a Chiara. Diante de todos os sonhos realizados eu não tinha mais o que desejar... 

De repente, me dei conta de que a ausência de sonhos antecipa nosso envelhecimento. Sim, isso mesmo, uma pessoa sem sonhos, sem objetivos, sem contribuir com nada para a construção de um mundo melhor, não precisa mais ficar neste mundo. E percebi que eu tinha muito a contribuir e, principalmente, muito a aprender.  Até aquele momento eu havia feito diversos cursos: patchwork, encadernação, jardinagem, paisagismo, culinária, panificação, cookies... perdi a conta de todos os cursos que fiz de 2016 à 2022, mas eu queria algo mais. Foi então que voltei para a sala de aula, não como professora (que ainda estou), mas como aluna: mestrado e uma nova faculdade.

Sim, com 61 anos, quase 62, voltei a estudar. Escolhi o curso com cuidado, afinal, nesta idade não dá para a gente perder tempo com coisas que não acrescentem positivamente em nossa vida e, com os benefícios que a Unip oferece aos professores (uma graduação e uma pós-graduação gratuitos), resolvi encarar este desafio: estudar novamente. Foi assim que, em fevereiro de 2023 comecei o curso de Nutrição na Unip Jundiaí. Não usei meus diplomas anteriores para eliminar disciplinas. Estou fazendo todas elas, mesmo as que eu já tinha cursado porque, pensei, muita coisa foi atualizada e outras tantas mudaram bastante, principalmente na área da saúde. Fácil? Confesso que não, pois um curso na área de humanas é bem diferente de um na área da saúde...  Estou recordando muitas coisas que aprendi no Ensino Médio nas disciplinas de Química e Biologia e estou amando. Esta repaginada intelectual está fazendo com que eu me sinta viva novamente e repleta de sonhos e planos para um futuro que sei, não será tão longo assim. Não sou jovem a ponto de sonhar com 30 ou 40 anos de vida produtiva, mas minha mente é jovem o bastante para aprender algo novo, para começar uma carreira nova. Estarei com 66 anos quando finalizar esta faculdade mas quero "fazer a diferença" na vida de muitas pessoas e sei que conseguirei isso.

Agora é estudar, aprender e sonhar! Que venha a "melhor idade" com tudo de bom que esta nova fase tem a oferecer.