E cá estamos, no ano de 2022... Quanta vida passou. Comecei este blog em 2007 e o título original era Blog da Mulher 50+. E agora estou com 61 anos...
Passei um bom tempo sem escrever nada, não somente neste blog, mas no geral. Agora, voltando a mexer com blogs junto com os alunos da Faculdade de Jornalismo da UNIP-Jundiaí (onde leciono atualmente), dei de cara com o meu blog jogado num canto escondido do meu passado e, até, da minha memória.
Resolvi atualizar o mesmo e, com isso, o título do blog teve de ser alterado para Mulher 60+. Pausa... Caramba, passei dos 60... A idade da gente é uma coisa estranha... No ano passado, quando completei 60 anos, tive de encarar o rótulo de "idosa", pois para o governo, para a sociedade, hoje sou uma mulher idosa. Tenho até cartão de estacionamento de idoso! Mas não me sinto "idosa". Não me vejo como aquelas "senhorinhas" de cabelos brancos, chinelos, roupas leves... tipo a imagem da "Dona Benta" do Sítio do Picapau Amarelo... Aliás, não sou assim. A genética, neste caso, até que foi bastante generosa comigo. Tenho poucos fios de cabelos brancos que dá pra cobrir com um pouco de tinta...
Ainda tenho sonhos, esperanças, desejos de fazer um "monteeeee de coisas". Recentemente comecei a estudar o Mestrado em Comunicação. Não vou dizer que não está "puxado", pois está sim.
Nestes útlimos anos mudei muita coisa em minha vida. Em novembro de 2015 saí de São Paulo (da região da Av. Paulista), onde morei durante quase a vida toda, e vim morar no interior do estado, no limite de municípios Jundiaí/Itatiba. Nunca havia morado em uma "casa", somente em apartamentos. A diferença é enorme. Tive de aprender a lidar com coisas diferentes. Aproveitei para fazer vários cursos: jardinagem, paisagismo (pois eu não sabia cuidar de um jardim), patchwork, corte e costura (pois eu não sabia manejar uma máquina de costura), encadernação, bordado e um monte de cursos de confeitaria e culinária (pois eu nunca tive tempo para essas atividades enquanto estava ativa no mercado de trabalho). Ainda estou ativa, mas não naquele ritmo de trabalho puxado das 7h15 às 17h30 + uma jornada extra das 18 às 22 horas.
Podemos dizer que arrumei tempo para fazer muitas coisas que me fazem bem, além de estudar e de me atualizar aprendendo constantemente com os alunos. Afinal, ensinar também implica em "aprender", e eu aprendo coisas novas todos os dias. Talvez por isso eu não tenho visto o tempo passar e não me enxergo como uma "idosa", que é como o "cartão de estacionamento de idoso" me denomina, rsssss.
Por Sandra Cristina Pedri (21/04/2022)